
O humorista Léo Lins voltou às redes sociais para reagir à sua condenação. Sentenciado a mais de 8 anos de prisão e multa de quase R$ 2 milhões por conta de piadas feitas em seus shows e conteúdos na internet, ele não poupou palavras ao comentar os desdobramentos do processo. Em vídeo publicado nesta terça-feira (4), o comediante classificou a decisão como “pesada” e fez um alerta: “Estamos vivendo uma epidemia da cegueira racional”.
Segundo Lins, a juíza responsável pelo caso teria utilizado a Wikipédia como base para a sentença. “A própria plataforma diz que não é fonte primária. Agora dá pra prender a atriz que faz a vilã da novela”, disparou, comparando o julgamento ao que, para ele, seria o mesmo que condenar um ator por interpretar um personagem fictício.
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No vídeo, Léo critica o fato da sentença, em sua visão, desconsiderar completamente a separação entre o indivíduo e a “persona cômica” apresentada no palco. “Há texto, edição, cenário, figurino e palco. É um personagem. Mesmo assim, disseram que, ainda que fosse um personagem, haveria crime”, apontou. A fala levanta uma discussão delicada e urgente sobre os limites da arte, da liberdade de expressão e do humor.
O humorista, conhecido por adotar uma linha mais ácida e controversa em seus espetáculos, afirma que decisões como essa criam um precedente perigoso para a classe artística. “Julgamentos estão sendo feitos com base em emoção, não em razão”, alerta.