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Por Idenilson Lima da Silva* — </span></strong>A judicialização excessiva das demandas envolvendo o Poder Público representa um dos maiores entraves à celeridade e eficiência do Judiciário brasileiro. Segundo o relatório Justiça em Números 2024, do CNJ, havia mais de 83,8 milhões de processos em tramitação no país ao final de 2023, dos quais cerca de 9,2 milhões envolviam diretamente o Poder Público como parte ré. Esse cenário evidencia uma necessidade urgente de políticas públicas voltadas à desjudicialização de conflitos, capazes de evitar o ajuizamento desnecessário de ações.</p> <p class="texto">A desjudicialização consiste em um conjunto de mecanismos que promovem a resolução de litígios fora da esfera judicial, utilizando-se de vias alternativas como a conciliação, a mediação e os acordos istrativos. 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A iniciativa segue as diretrizes recomendadas pelo STF e pelo CNJ, que defendem a criação de procuradorias especializadas e o uso de plataformas tecnológicas para triagem, conciliação e acordo em casos repetitivos.</p> <p class="texto">Trata-se de uma resposta concreta às necessidades detectadas pela análise empírica da litigiosidade pública no Brasil.A utilização de ferramentas como o PGDF-Concilia, além de reduzir o volume de processos, contribui para a transformação da cultura institucional da istração, promovendo maior transparência, diálogo e eficiência no trato com o cidadão.</p> <p class="texto">Conforme salienta Barroso (2025), presidente do STF, a mudança do perfil litigante do Estado requer o esforço conjunto de todos os Poderes da República, além de um compromisso ético com a racionalidade jurídica e a pacificação social.</p> <ul> <li><strong>Leia mais: <a href="/opiniao/2025/06/7164026-problemas-sociais-e-avaliacao-governamental-no-df.html" target="_blank">Problemas sociais e avaliação governamental no DF</a></strong><br /></li> </ul> <p class="texto">Diante do exposto, o Portal PGDF-Concilia configura-se como uma política pública voltada à integração entre inovação tecnológica, eficiência istrativa e respeito ao direito de petição e à solução justa e célere dos conflitos. Sua implementação, juntamente com outras ações em curso, reforça o papel da PGDF na promoção da justiça consensual e na construção de um Judiciário menos sobrecarregado, mais ível e orientado à pacificação dos conflitos.</p> <p class="texto"><strong>Procurador-geral adjunto do Contencioso do Distrito Federal*</strong><br /></p> <p class="texto"><strong><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/direito-e-justica/2025/05/7158933-familia-de-sangue-vs-familia-do-afeto-lacos-que-a-vida-constroi.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2025/03/10/675x450/1_viviane_cre__ditos__layla_meraki-47824718.png?20250526155141" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Família de sangue vs família do afeto: laços que a vida constrói</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2025/05/7158883-inteligencia-artificial-e-large-language-models-tensoes-para-a-protecao-de-dados.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/26/photo_2025_05_23_09_19_03__1_-52776693.jpg?20250528180154" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Inteligência artificial e Large Language Models: tensões para a proteção de dados</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2025/05/7158454-reynaldo-soares-da-fonseca-faz-10-anos-no-stj-com-trajetoria-em-defesa-da-cidadania.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/28/reynaldo-52918897.jpg?20250529081552" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>Reynaldo Soares da Fonseca faz 10 anos no STJ com trajetória em defesa da cidadania</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/direito-e-justica/2025/05/7153954-pec-da-seguranca-presidente-do-sindepo-df-defende-autonomia-das-policias-locais.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/28/claudia_alcantara-52920748.jpg?20250529081712" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Direito e Justiça</strong> <span>PEC da Segurança: presidente do Sindepo-DF defende autonomia das polícias locais</span> </div> </a> </li> </ul> </div></strong></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/06/02/1200x801/1_352-53277508.jpg?20250602195534?20250602195534", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/06/02/1000x1000/1_352-53277508.jpg?20250602195534?20250602195534", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/06/02/800x600/1_352-53277508.jpg?20250602195534?20250602195534" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Opinião", "url": "/autor?termo=opiniao" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 151h2d

A Desjudicialização como Instrumento para Redução da Litigância contra o Poder Público 133hz
Visão do Direito

A Desjudicialização como Instrumento para Redução da Litigância contra o Poder Público 3l2442

"Entre as estratégias recomendadas estão a criação de câmaras de conciliação, a ampliação do uso de tecnologias jurídicas e o estímulo à cultura do consenso na istração Pública" 565y6w

Por Idenilson Lima da Silva* — A judicialização excessiva das demandas envolvendo o Poder Público representa um dos maiores entraves à celeridade e eficiência do Judiciário brasileiro. Segundo o relatório Justiça em Números 2024, do CNJ, havia mais de 83,8 milhões de processos em tramitação no país ao final de 2023, dos quais cerca de 9,2 milhões envolviam diretamente o Poder Público como parte ré. Esse cenário evidencia uma necessidade urgente de políticas públicas voltadas à desjudicialização de conflitos, capazes de evitar o ajuizamento desnecessário de ações.

A desjudicialização consiste em um conjunto de mecanismos que promovem a resolução de litígios fora da esfera judicial, utilizando-se de vias alternativas como a conciliação, a mediação e os acordos istrativos. Como evidenciado em pesquisa do STF, em parceria com o CNJ e com a participação da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF), a litigância contra o Poder Público é estrutural e multicausal, exigindo soluções interinstitucionais e inovadoras. Entre as estratégias recomendadas estão a criação de câmaras de conciliação, a ampliação do uso de tecnologias jurídicas e o estímulo à cultura do consenso na istração Pública.

Nesse contexto, destaca-se a iniciativa da PGDF, que, por meio da Portaria nº 255/2025, instituiu o Portal PGDF-Concilia, uma ferramenta digital voltada à resolução consensual de conflitos com o Estado. O portal, ível por meio do endereço concilia.pg.df.gov.br, permite que cidadãos e empresas manifestem interesse em conciliar diretamente com o Distrito Federal, evitando a judicialização ou promovendo a solução de processos já em curso.

O funcionamento do Portal PGDF-Concilia é estruturado em etapas que garantem segurança jurídica e sigilo. Após a manifestação de interesse em conciliar, a Câmara de Mediação e Conciliação da PGDF realiza uma análise prévia, podendo solicitar documentos adicionais. Se considerada viável, a demanda é encaminhada à procuradoria temática especializada para a possível formulação de acordo. Essa estrutura propicia respostas mais rápidas e evita o desgaste das partes com processos judiciais onerosos e morosos.

Além de mitigar os custos processuais para o Estado, a plataforma tem um papel estratégico na busca por uma gestão mais eficiente do contencioso público. A iniciativa segue as diretrizes recomendadas pelo STF e pelo CNJ, que defendem a criação de procuradorias especializadas e o uso de plataformas tecnológicas para triagem, conciliação e acordo em casos repetitivos.

Trata-se de uma resposta concreta às necessidades detectadas pela análise empírica da litigiosidade pública no Brasil.A utilização de ferramentas como o PGDF-Concilia, além de reduzir o volume de processos, contribui para a transformação da cultura institucional da istração, promovendo maior transparência, diálogo e eficiência no trato com o cidadão.

Conforme salienta Barroso (2025), presidente do STF, a mudança do perfil litigante do Estado requer o esforço conjunto de todos os Poderes da República, além de um compromisso ético com a racionalidade jurídica e a pacificação social.

Diante do exposto, o Portal PGDF-Concilia configura-se como uma política pública voltada à integração entre inovação tecnológica, eficiência istrativa e respeito ao direito de petição e à solução justa e célere dos conflitos. Sua implementação, juntamente com outras ações em curso, reforça o papel da PGDF na promoção da justiça consensual e na construção de um Judiciário menos sobrecarregado, mais ível e orientado à pacificação dos conflitos.

Procurador-geral adjunto do Contencioso do Distrito Federal*

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