
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) divulgou nesta quinta-feira (5/6) os dados do comércio exterior no último mês de maio. De acordo com os números publicados pela pasta, o saldo da balança comercial foi positivo em US$ 7,2 bilhões. No entanto, o resultado é menor do que o registrado no mesmo mês do ano anterior, quando foi de US$ 8,3 bilhões.
Assim, a balança comercial teve queda de 12,8% nesta comparação. As exportações no período somaram US$ 30,2 bilhões, enquanto as importações atingiram US$ 22,9 bilhões. A corrente de comércio foi 1,9% superior a maio de 2024, com movimentação total de US$ 53,1 bilhões.
Em maio, as exportações no setor agropecuário voltaram a cair em relação ao mesmo mês do ano anterior. Nesta comparação, houve uma ligeira queda de 0,6%, com o último mês acumulando saldo de US$ 7,4 bilhões. O valor obtido com as vendas de soja recuaram 3,9%; já no caso do café, houve avanço de 30%.
Também houve queda de 6,6% nas exportações da indústria extrativa, que recuaram para US$ 7,2 bilhões em valor total obtido nesse período. Já a indústria de transformação manteve a trajetória positiva, com crescimento de 3,4% na comparação com maio de 2024 e US$ 15,3 bilhões de saldo. O destaque foram as vendas de automóveis, que avançaram 86,2% em relação ao período anterior.
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Apesar do aumento de tarifas desde o início do governo de Donald Trump, as exportações para os Estados Unidos cresceram 11,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado do ano, o saldo também é positivo, com avanço de 5% em relação aos cinco primeiros meses de 2024. Por outro lado, as vendas de produtos e serviços para a Ásia e Europa recuaram 2,8% e 2,9%, em maio, respectivamente.
No caso das importações, houve um crescimento de 18,8% na compra de produtos chineses, em maio, e de 24,6% de países do sudeste asiático, como Vietnã, Filipinas, Malásia e Tailândia. Já a aquisição de itens da Europa e dos Estados Unidos recuaram 4,4% e 5%, respectivamente.
As importações cresceram tanto no caso de bens de consumo quanto bens intermediários e de capital. No caso dos combustíveis, houve um recrudescimento de 26,5% em relação a maio de 2024, ando de US$ 2,9 bilhões para US$ 2,1 bilhões nesse período.
No acumulado do ano, a balança comercial segue mais fraca no início deste ano do que nos cinco primeiros meses de 2024. Na comparação entre os dois períodos, a queda foi de 30,6%, com valor total obtido de US$ 24,4 bilhões. As exportações seguem menores do que no ano ado, enquanto as importações seguem em trajetória de alta, com crescimento de 9,2%.