
A Convenção Nacional do PSDB aprovou nesta quinta-feira (5/6) a união da sigla com o Podemos. Em reunião promovida com dirigentes e parlamentares tucanos, o partido deu aval, por 201 votos a 2, à incorporação do Podemos à estrutura partidária do tucanato.
A fusão entre PSDB e Podemos vem sendo articulada há meses por líderes das duas legendas. Para muitos tucanos, a medida representa uma tentativa de conter o que classificam como uma profunda crise de identidade interna no partido.
Com a incorporação do Podemos, o novo partido poderá se tornar a sétima maior bancada da Câmara dos Deputados, reunindo 28 parlamentares — número que pode crescer, já que a Justiça Eleitoral permite migrações partidárias sem perda de mandato em casos de fusão.
No Senado, a legenda unificada poderá alcançar a quarta maior bancada, somando sete senadores. Para o deputado Aécio Neves (MG), a união confere mais “musculatura” ao PSDB e pode atrair novos filiados.
Além disso, em 2026, a nova sigla ará a ter direito à sexta maior fatia dos recursos públicos destinados ao financiamento eleitoral.
Desfiliações
O desgaste do PSDB se intensificou após as eleições de 2018 e resultou em uma série de desfiliações. Em 2024, o partido perdeu dois dos três governadores eleitos em 2022: Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE), que migraram para o PSD.
Atualmente, o único governador tucano remanescente é Eduardo Riedel (MS), que tem sido cortejado por outras siglas. Em conversas com a cúpula do PSDB, Riedel afirmou que só tomaria uma decisão após o desfecho das negociações com o Podemos. Durante a convenção de hoje, ele declarou apoio “integral” à fusão e defendeu a continuidade do fortalecimento do partido.
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